* Democracia neste país é relativa, mas a corrupção é absoluta *

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QUANDO A POLITICA INTERFERE NA JUSTIÇA NADA MAIS FAZ SENTIDO

terça-feira, outubro 23, 2012

Votar é preciso II



Lendo sua opinião sobre o NÃO voto me senti de algma maneira ofendido pela sua colocação em chamar de covardes aqueles que não concordando com o que apresenta simplesmente se omitem como forma de protestar.
Não esqueça que o NÃO voto é uma das formas da democracia, e o simples fato de um NÃO votante ser colocado no mesmo balaio dos que votam por obrigação, ou em troca de benefícios é uma afronta a opinião individual. E tanto os políticos sabem da força do Não voto que nunca fazem a reforma política onde o voto democraticamente passe a ser facultativo, assim como nas grandes democracias do planeta.

Hoje eu NÃO voto, sabedor de que o modelo que aí está não serve aos preceitos democráticos. Sou consciente disso e exerço a minha obrigação de cobrar sim. Pois jamais votei no PT, e sou um inimigo ferrenho dessa quadrilha.
Na verdade, não é o ato de votar que irá melhorar o país, o que está esgotando o modelo é a legislação eleitoral onde o eleitor vota em um candidato ficha limpa e acaba elegendo um ficha suja em seu lugar por conta do coeficente eleitoral. Isso sem contar as duvidosas urnas eletrônicas.
Falta para este povo cidadania e consciência de que a força está em suas mãos e é só saber usa-la. Mas com uma população de alienados por novelas e futebol, as raposas continuarão tomando conta do galinheiro, com ou sem o seu voto.
Veja o célebre caso do Tiririca, que foi eleito por mais de um milhão de brincalhões eleitores que sem perceber levaram junto Waldemar da Costa Neto e  Protógenes Queirós. Dois políticos que receberam um NÃO dos eleitores, mas mesmo assim conseguiram a eleição. Entre tantos outros conhecidos casos.
E para seu conheciomento o NÃO voto é uma forma de opinião sim, e nem sempre o eleitor que não vota é um alienado político. Muitos deixam de votar por não acreditarem no que se apresenta como candidatos, ou mesmo como modelo político no país.
Não é certo julgar pela preferência entre votar ou não, uma vez que o que não votou pode ser muito mais atuante e alfabetizado político do que uma centena dos que votaram apenas porque são obrigados.
E desde quando aquele que simplesmente não votou está proibido de emitir opiniões ou cobrar posicionamento dos que ele não ajudou a eleger? 

Isso faz parte da cidadania, eu posso não concordar com alguma coisa e me dar ao direito de não participar dela, mas nada me proíbe de emitir opiniões ou fazer cobranças quando ver que algo não está certo.
Sobre a eleição de fichas sujas por causa do NÃO voto de alguns,  é um gritante absurdo, pois, ficha suja se elege por conta do coeficente eleitoral, e não por causa dos não votantes.
E quem deve coibir a entrada de ficha suja na política é a justiça eleitoral que tem todos os mecanismos para fiscalizar cada candidato. Cabe ao eleitor aceitar ou não tais candidaturas. Mas o que pega na verdade, é que o maior problema político de hoje não está nos que se omitem em votar, mas naqueles que votam sem conhecimento algum, em troca de benefícios pessoais, o voto útil, ou então, o voto no que está ganhando nas pesquisas. Estes sim são o câncer político que existe no Brasil.
Eu tenho o DIREITO de votar ou não, de escolher, e se minha escolha foi contra o voto, é um direito meu faze-lo. Só  não aceito ser chamado de covarde por exercer o meu direito à livre opinião.
E não esqueça, alguns partidos tem sectários seguidores e esse pessoal vai votar em quem seu mestre mandar, nada de conhecimento eleitoral, cidadania, ou livre opinião. O voto é de cabresto ideológico, e justamente esses são os que mais se beneficiam pela variedade de  candidatos e pelo coeficente eleitoral safado que ajuda a alavancar a má fé e a maracutaia.
E os eleitores democráticos, conhecedores de seus candidatos, que votam consciente, sempre estarão pulverizados pela enormidade de partidos e a absurda quantidade de candidatos que certamente dividirão os votos dos opositores dando vantagem aos sectários "coronéis" eleitorais, ou. Os mesmos de sempre.
E cá entre nós, acabar com a bandalheira política no país pelo voto é um sonho de uma noite de verão. Um país onde a imensa maioria da população vota por obrigação e não por civismo ou conhecimento político não irá mudar pelas urnas.
O Brasil só irá mudar com muita educação de seu povo, tornando a população cidadã consciente de sua importância política, ou quando a população se rebelar e pegar em armas para mudar o modelo viciado que está aí para favorecer sempre os mesmos.
Não é o NÃO voto que atrapalha a limpeza política, mas sim o voto sem consciência e sem consistência que ajudam a manter mais do mesmo, transformando o Brasil em uma pocilga política onde quem mente mais se dá bem sobre os ingênuos eleitores que acreditam que o voto é um exercício de cidadania. Hoje, voto no Brasil é OBRIGAÇÃO, o exercício democrático é opcional.

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4 comentários:

AlaricoTrombeta disse...

Muito Bem!
Assino embaixo e AFIRMO:
NÂO VOTAR È NÂO PARTICIPAR DA MEGA FRAUDE DAS URNAS ELETRONICAS!

Um país cuja Justiça eleitoral NÃO PERMITI que os PARTIDOS POLITICOS participem da preparação das URNAS nem tampouco da FISCALIZAÇÃO ( esta é impossivel) Portanto as eleições aqui são a maior FRAUDE perpretada contra uma NAÇÃO inteira , por trá disso, os verdadeiros DONOS do Brasil, a NOVA ORDEM MUNDIAL que faz do Brasil seu campo de provas paras as mais absurdas e aberrantes canalhices humanas pois o POVO é feito de MERDA literalmente!, aceita CAGADAS na cabeça de todos com a maior alegria e ainda pede mais!

AQUI só terá solução quando o MUNDO literalmente ACABAR!
Abcçs
Alarico

Anônimo disse...

Ao contrário do senso comum, quem vota é que não pode reclamar.
Para começo de conversa, se eu não aceito a existência de algo (no caso, esta própria instituição chamada 'governo'), qual seria a lógica de eu participar de um ato que implica meu consentimento para com sua existência? Qual é a lógica de eu participar de um ato que serve apenas para chancelar minha aprovação à existência deste esquema? Mais ainda: qual seria a lógica de eu fazer tudo isso e ainda reclamar da existência deste algo que desprezo?
Se você se associa a alguma coisa ou passa a lidar diretamente com ela, então passa a existir um entendimento tácito de que você aceitou suas condições. Torna-se subentendido que você chancelou sua existência.
Por Luis Almeida
Artigo completo em: http://mises.org.br/Article.aspx?id=1425

Anônimo disse...

Caro Mascate estou com você.Mais vale um cidadão em cima de um trator, decidindo se anula ou não o seu voto, do que dez párias no cabo da enxada votando bovinamente em vendedores de ilusões.Abs.

Anônimo disse...

Belo texto. Só faltou mencionar a pouca vergonha do voto secreto no congresso quando é para alguma sacanagem quando pega mal mostrar a cumplicidade. Lá sim, temos que exigir que tudo seja aberto.