Faixa do cidadão e o reencontro com o passado.

 

Meu velho Cobra 148 GTL.

Hoje, por acaso, encontro um velho conhecido, confesso que no primeiro momento tive que fazer um gigantesco esforço mental, buscar nos arquivos "do muito antigamente" quando um senhor de seus 75 anos muito bonachão se aproxima de mim e com um largo sorriso me encara e mete um "VC por acaso é o Raposa Prateada?

No primeiro momento uma avalanche de recordações jorraram pela cabeça, sentimentos de um tempo que certamente não volta mais, na verdade, um baque.

Lentamente respondo, sim ERA eu, mas faz tanto tempo que não me chamam pelo apelido completo dos tempos dos rádios 11 metros que fiquei até emocionado. Alguns que ainda tenho contato usam apenas Raposa, ainda nos chamamos pelos nomes das estações.

Minhas memórias continuam entrando em desespero para decifrar quem é a pessoa atrás daquele sorriso amigável, que já não era assim tão desconhecido.  Enfim, percebo que a idade bateu e a tal informação que tanto buscava precisava de um algo mais para completar a ficha. Claro que no meu caso, o algo mais era TODA a informação que o velho Macanudo pudesse me reportar.

Confessei meio constrangido que por mais que eu quisesse não conseguia ligar nome à pessoa.

Uma amigável gargalhada vem acompanhada da frase:

 Breiko...Breiko... PX2H(*) estação Maresia pede oportunidade, Roger...

O prefixo e a entonação da voz aliviaram minha cansada memória, estava ali, bem na minha frente um velho macanudo de ouro que não "bigodeavamos há mais de 30 anos. O amigo do éter Maresia, um operador da faixa cidadão, dos tempo dos 11 metros do inicio dos anos 1990, talvez um dos primeiros amigos, dos muitos que fiz modulando pela faixa.

E a resposta foi, 

Ok...OK.   Aqui PX2h(*) Estação Raposa Prateada, hoje em dia mais prateada que raposa.. modulando de Santos  SP,  adiante macanudo, a seja bem vindo Roger ...Roger... 

Um afetuoso abraço e tome um infinito cambio espada que acaba se tornando um almoço, e as histórias da vida que se seguiram quase que sem percebermos, quando damos conta já haviam se passado mais de 6 horas e "algumas" cervejas de bate papo e recordações.

Na verdade, busco com esta lembrança é passar o valor que muitas pessoas que passam por nossas vidas deixam na saudade, a vida se incumbe de fazer cada um seguir seu caminho, as dores e amores, as batalhas e lutas nos jogam como velas ao vento... To me sentindo meio brega, mas é isso aí. O velho Maresia foi um professor de vida para um jovem de pouco mais de 25 anos onde ele do alto de seus 40 e alguns me adotou como pupilo de Faixa do Cidadão, e depois como um quase filho. Muito desta vida levo de ensinamentos e conversas que tive com o "seo" Valayrson é, maresia é mais suave...

Amizade que se fez do nada, porém foi muito importante enquanto durou.

Em um tempo que estávamos a anos luz de um telefone celular, os radio amadores e faixa cidadão se comunicavam com o mundo levando notícias encontrando pessoas, enfim, no meio do divertimento ajudando a quem precisasse. 

E olha que eu particularmente ajudei a encontrar pessoas, a conseguir medicamentos, até trabalhar como operador de rádio taxi com a minha banda palitada com outros velhos amigos para ajudar a cooperativa de taxis aqui da cidade quando a antena desabou em um vendaval e eles ficaram sem comunicação com as unidades.

O velho Maresia, havia há muito saído da região do Litoral Sul de SP e por conta da profissão se mudou para o Norte do Brasil, eu aqui, criei família, e continuei a vida, nunca mais nos falamos via rádio, por um bom tempo apenas os velhos cartões de Natal e depois...

Ele impossibilitado por condições tecnológicas e financeiras, uma vez que QTH onde ele foi viver teria que gastar uma bala em grana para montar uma estação que tivesse potência suficiente para chegar até aqui, e cá entre nós, nem em sonho eu gastaria hoje o que gastei na época para ter uma outra estação e naquela época então.. E assim o velho "maresa" foi se fixando com sua lambari e trapizonga na obsoleta, mas funcional, plano terra e uma bota bem sem vergonha que o jopgava no fundo do poço e modulava lá pelas bandas dos estados do Norte Nordeste, chegando pra cá muito raramente com uma bigodeira insuportável que logo metia a pirambeira..

Apesar que à época minha estação era "tubarão" por conta da altura onde instalei a Plano Terra, e conseguia quase modular com o além de tanta potência. hehehe...

Soube agora que ele passava horas corujando atrás do toco minhas modulações e não conseguia retornar. Era o que se tinha de tecnologia, né? SE tivessemos radio amadores da Faixa PY nada dessa situação teria ocorrido, mas...PY era outra conver$a... Não era para nossa ralé.

Mas toda essa amplitude teve um preço, um  "orelha" chato pra caraleo que não se conformava do condomínio ter liberado a instalação da antena no telhado do prédio e isso deu um curto circuito e virou uma batalha pessoal que durou bem uns dois anos até o dia em que a DENTEL fiscalizou a minha estação e liberou colocando um fim na disputa legal, e um novo começo na disputa pessoal que só trouxe desgaste e dissabores. Esse era um macanudo das trevas, um bom filhodaputa que não aprendeu a se masturbar quando adolescente e passou a infernizar o mundo por onde vagou com aquela carcaça fétida e mal resolvida.. Espero que tenha melhorado, ou morrido.

E eu, casado de novo com novas responsabilidades, filho pequeno que deu trabalho pra cacete e muita pressão da minha Cristal, e confesso, um pouco decepcionado com muito macanudo das trevas que vagavam pelo mundo dos vivos e também pelo do éter acabei perdendo o tesão em modular e aos poucos fui abandonando a faixa até o dia em que vendi meu velho Cobra 148 GTL . Abandonando de vez a aventura do Radio Amador.

Enfim, o encontro com o Maresia está rendendo um jantar na próxima quarta feira com a presença garantida de muitos macanudos daqueles tempos, alguns conhecidos no bigode a bigode, outros apenas pela faixa, e mais os que se tornaram amigos e ainda o são pela vida e a memória aos que já estão em companhia do PX maior. 

Um tempo em que apesar do governo atrapalhar pra caraleo os rádios amadores com tanta regulação e pouca fiscalização, ainda conseguimos fazer muitos amigos ruído, bigodeira e banda lateral pelaí...

E no mais...

Cambio final e 

PHODA-SE!!!

Faixa do cidadão e o reencontro com o passado.

A Fazenda 15, o que é aquilo?

Bem meus caros, terei que comentar sobre amenidades, uma vez que sobre política parece que tenho sido vigiado e vira e mexe sou punido por tempo determinado sem postar nesta humilde página.

Hoje veremos se a perseguição é patrulhamento ideológico ou se o algoritmo do GOOGLE simplesmente bloqueia o acesso à cada postagem não importando sobre o que seja.

Vamos lá.

Tenho sido bombardeado nas time line do Face e do Insta sobre um programa de péssimo gosto  que passa na rede de TV do Bispo Pedir Maiscedo..

Um tal "A Fazenda". Uma espécie de BBB caipira.. Caipira, faz me rir... O assédio visual foi, e é tamanho que aguçou a curiosidade nata do ser humano aqui que vos escreve. 

Resolvi assistir um episódio daquela merda, acabei assistindo dois... 

Bem, munido de uma caixa de Dramin posto-me diante da TV e passo a me torturar com consciência de que as cenas que virão poderão mexer profundamente com o emocional futuro deste tão equilibrado blogueiro.

Primeiramente me pergunto o que uma jornaleira do calibre de uma Rachel Sheerazade está fazendo na fazenda...Brilhante trocadilho.... Fico ainda mais curioso. 

Vou tocando o bonde e a barulheira que faz uma "senhora" com nome de funkera decadente é impressionante, a cidadã não sabe articular uma frase sem um palavrão, uma agressão, um vitimismo ou uma pérola auto promocional no meio, e olhem que palavrão é algo que não me incomoda, mas o excesso e a falta de colocação acabam se tornando chatos. A moçoila não consegue conversar se não for acima dos 60 decibéis. Berra mais que bezerra com fome. Mas, o duro é ver o nível de retórica, pensamento lógico e argumentação que a barulhenta participante tem, é coisa de primeira série. Sem contar que a beligerância dentro do programa atinge níveis surreais. É uma guerra declarada onde grupos que se intitulam "minorias" aqui fora se reúnem para oprimir a minoria lá dentro. Bacana pra caraleo. Super edificante.

A gritaria e o desrespeito contra alguns participantes, o leva e trás, os conchavos, e as sórdidas tramas são aceitos como estratégia de jogo. A moral, educação e a ética é o que menos importa, pelo visto, tem que ser bem escroto para participar de um programa como esse, mas pelo que parece, é disso que o povo gosta, então tome baixaria em nome do entretenimento e phoda-se.

Acredito que a direção do programa faça um "vestibulinho" para acesso a casa e a nota de corte é quando o cidadão tira acima de dois. Não é possível ver gente tão sem cultura virando subcelebridade e tendo tanta opinião sobre nada nem porra nenhuma. 

Fora algumas que "sem preconceito algum" parece estarem  lá fazendo michê. A beleza deu lugar a vulgaridade e o bacana é ter cara, comportamento e opiniões de puta. Como a declarção de uma delas que "na hora do sexo oral não perde uma só gotinha de leite, engole tudo."

Não sou moralista, longe disso, mas tem coisas que são absolutamente desnecessárias. E essa foi uma ótima oportunidade par  moça ficar calada. Mas...

A coisa é tão bizarra que acabei perdendo algumas horas e assistindo dois dias para ter uma base de opinião sem preconceitos, uma vez que não da para ter nenhum pré quando se tem uma ideia do todo que é aquele saco de gatos. Um convite ao péssimo gosto, a falta de educação, civilidade e à lacração, simples assim.

Vejo que a ordem por lá é estabelecer o caos, se expor das maneiras mais baixas e mostrar o quanto não se tem de amor próprio quando se trata de escalar socialmente na vida. Os fins justificam os meios. 

Custe o que custar. Essa é a fórmula da audiência.

Ver Rachel Sheerazade argumentar com lucides e toda sua cultura para gente que após o inicio do segundo parágrafo já entra em transe, faz cara de paisagem e passa a ouvir apenas o que  consegue, dá uma espécie de "TILT" nos parcos neurônios e a cara de abobado toma o lugar das feições antes grotescas e cheias de razão para massacrar o adversário é literalmente jogar pérolas aos porcos.

Pego justamente onde Rachel é acusada de racismo, vejo e revejo a cena e não encontro nenhuma que se aproxime ao racismo, o que vejo é uma surra de cultura e articulação lançada sobre uma pessoa que credita ser o máximo em matéria de lacração e na verdade não passa de um ser simplesmente burro, é de dar vergonha alheia. A cidadã em questão ao perceber que não entendeu quase nada do que foi dito sai em defesa própria se auto intitulando" Mulher negra, pobre da comunidade"  O argumento típico da esquerda quando o bicho pega e acabam os poucos argumentos para rebater seu interlocutor.

No mais vemos uma fauna de gente sem um mínimo de conhecimento da língua pátria ao ponto de um grupo estar discutindo sobre a palavra "revanchismo" e nenhum deles sequer saber o significado da palavra, aí foi  cereja do bolo!! Uma turminha de gente sem educação, de comportamento medíocre que não consegue viver em sociedade e não tem o mínimo de cultura vai se tornando sub celebridade, e o pior, irão formar opiniões aqui fora quando deixarem o programa. . 

Outra coisa que me deixou preocupado, a direção do programa estabelece que agressões e homofobia são proibidos e são passíveis de exclusão do programa. Na minha opinião, xingar a participante de vadia ou vaca é uma forma de agressão, e ter participante usando termos homofóbicos teria que dar a punição, afinal,  o patrulhamento politicamente correto está de plantão. Mas a direção do programa faz uma advertência de faz de conta e vida que segue.

Os participantes vão perceber a mão leve nas punições e tenho receio do que poderá acontecer lá dentro na hora que a situação partir para o contato físico. Aí poderá ser tarde demais, mas por enquanto vamos elevando os limites em busca da audiência.

É um tal de gente de cabelinho descolorido, até um ex presidiário que se ufana de ter estado na cadeia, uma jogadora de vôlei que pode ter sido muito boa em seu oficio, mas lá dentro é algo de dar enjoo em uma cabra. Até um ator EX global que é conhecido pelo número de mulheres famosas que teve em seu leito está lá visivelmente constrangido, mas contrato é contrato, então aguente o tranco.

Parece que já tem gente apostando em um relacionamento entre o ator e a ilustrada jornalista. Pobre mulher, acabar em um programa como esse e se relacionando com o mandrião global é fim de carreira com méritos. Mas cotada pela rádio peão para ser a grande vencedora do programa, até vale esperar para tentar faturar essa milheta e meia de Reaus.. Afinal, os fins...

Após o quarto comprimido de Dramin e mais angustiado que freira grávida, resolvo deixar a observação e parto para ver o Palestrinha ser derrotado pelo Boca Junior.

O programa é medíocre, não agrega nada em termos sociais ou culturais, desconecta as pessoas da realidade, faz apologia a ignorância e não tem sentido prático como entretenimento é pura baixaria.

 A família Tupiniquim está sendo relegada a menos do que nada diante desse tipo de comportamento de lacração onde o que menos importa é o convívio social o conhecimento da língua e o sentido de urbanidade e respeito ao próximo. O que vale por lá é quem grita mais, quem xinga mais e quem é o mais burro para ser dar bem. Pelo que parece ainda não começou a pegação debaixo dos edredons, que em breve deverá ser colocada em prática.

Enfim, Sonia Cabraão vai ter assunto por meses a fio no programa que ela apresenta que é tão medíocre como essa A Fazenda.

Mas é disso que o povo gosta e o sonho de toda menina pobre é se tornar uma sub celebridade barraqueira e burra!!! Temo pelo futuro DAnação.

E aleluia que não existe mais a revista Playboy, pois já imaginaram o caldo que sairia na nudez de algumas participantes do programa? Deus é pai!!

 E no mais...

PHODA-SE!!!

A Fazenda 15, o que é aquilo?