A Justiça mandou abrir inquérito para apurar golpes de estelionato praticados "nas barbas" da Polícia Federal em São Paulo. Os golpistas usaram carros apreendidos para levantar financiamento em bancos, e sumiram com o dinheiro.
Quando a dona de um automóvel foi vender o carro teve uma surpresa. Disseram: “Como você está tentando vender um carro que já vendeu há um ano”. Ela respondeu, “mas eu nunca vendi o carro”.
Outro proprietário também tomou um susto. A informação veio do despachante. “Tem algum problema com seu carro, ele não é mais seu”, disse.
Os dois foram vítimas de estelionato. O que torna esse golpe diferente de outros é que os carros estavam apreendidos quando foram negociados. A apreensão foi feita pela Policia Federal, em uma operação contra doleiros, um ano e meio atrás.
Enquanto estavam guardados pela polícia, os carros foram dados como garantia de empréstimos bancários, que nunca foram pagos. A fraude envolveu falsificação de documentos e só foi possível porque os golpistas tiveram acesso a informações privilegiadas.
O golpe foi dado no intervalo entre a apreensão e a comunicação oficial ao Detran sobre o sequestro dos carros. "A pessoa que tem as informações sabe que ela tem esse espaço de tempo para cometer esse estelionato, porque no momento em que consta o sequestro nos arquivos do Detran, a pessoa não vai mais conseguir nenhum tipo de financiamento em cima desse veículo", explica a advogada Beatriz Catta Preta.
Um dos carros apreendidos foi a garantia de um empréstimo de R$ 46 mil. Negócio fechado em uma agência bancaria de Campinas. O homem que tomou o dinheiro emprestado apresentou documento falso do carro em nome dele.
Há dois meses, quando a Justiça devolveu o carro ao legítimo proprietário, ele soube que não era mais dono. O senhor não assinou o documento de transferência do carro? "Jamais, não tinha nem como assinar, porque o documento está exatamente ainda nos autos da Justiça Federal. O original", diz uma pessoa que foi lesada.
Procuramos o homem que recebeu o empréstimo e se disse dono do carro. "Ele não é daqui, não. Faz tempo que ele mudou".
No outro caso, o documento original está com a verdadeira dona. A parte da transferência continua em branco.Mas, para o banco, o carro já é de outra pessoa. É de Edson Souza da Silva, que fez a compra com financiamento de R$ 17 mil. Encontramos Edson no bairro onde ele mora, na Zona Sul de São Paulo. Ele conserta equipamentos de ginástica e estava voltando do trabalho. O senhor fez financiamento em um banco para levantar dinheiro para poder pagar esse carro? "Não, não, financiamento algum, não tenho ideia".
A dona não vendeu e Edson não comprou. Alguém usou o nome dele na negociação. O dinheiro do empréstimo foi depositado pelo banco na conta de uma loja de automóveis, em Campinas. Mas o dono da loja, Valter Fernandes Jr, demonstra que, no mesmo dia em que recebeu o dinheiro do banco, passou a quantia para um conhecido que começava um negócio e pediu ajuda. "Dá para você fazer o financiamento pela sua loja? Na época eu falei: ‘claro que dá’", disse.
Segundo o dono da loja, foi o conhecido dele quem tratou da documentação e ainda juntou o decalque do chassi do carro apreendido. "Existe um processo documental que deve ser todo verificado. Na época eu verifiquei, mas o carro eu não vi, eu confiei", explica Valter. O conhecido do dono da loja é Jonathan Lopes Cunha. Ele responde a inquérito por estelionato, e falsificação de documentos em outro caso que envolve venda de automóvel.
Estivemos na casa de Jonathan. Ele não quis aparecer. Falou apenas por telefone. O senhor não tinha conhecimento que esse carro havia sido apreendido pela Polícia Federal? "Não nenhum conhecimento". Você não tinha nenhum contato na Polícia Federal de São Paulo? "Não, não conheço ninguém".
Inquérito
Na Policia Federal, ninguém quis gravar entrevista. Segundo o superintendente, há dois meses foi aberto inquérito para apurar a alienação ilegal de carros apreendidos, mas a investigação não chegou aos golpistas.
O superintendente em São Paulo, Leandro Daelo, disse que a investigação da Polícia Federal identificou pelo menos cinco carros que mudaram de dono enquanto estavam apreendidos, além dos dois casos que mostramos na reportagem. Segundo o superintendente a situação é grave e ele não descarta a participação de policiais e de funcionários terceirizados na fraude.
No caso de uma das vítimas, sabe-se que alguém foi dar umas voltas com o carro apreendido. O sistema de pagamento eletrônico registrou a passagem do veículo por um shopping da Zona Sul. "Quer dizer, eles ainda usaram meu carro para passear".
Os bancos que fizeram os financiamentos com base em dados falsos afirmaram que os verdadeiros donos dos carros não serão prejudicados e disseram que estão dispostos a colaborar com a investigação.
Quando a dona de um automóvel foi vender o carro teve uma surpresa. Disseram: “Como você está tentando vender um carro que já vendeu há um ano”. Ela respondeu, “mas eu nunca vendi o carro”.
Outro proprietário também tomou um susto. A informação veio do despachante. “Tem algum problema com seu carro, ele não é mais seu”, disse.
Os dois foram vítimas de estelionato. O que torna esse golpe diferente de outros é que os carros estavam apreendidos quando foram negociados. A apreensão foi feita pela Policia Federal, em uma operação contra doleiros, um ano e meio atrás.
Enquanto estavam guardados pela polícia, os carros foram dados como garantia de empréstimos bancários, que nunca foram pagos. A fraude envolveu falsificação de documentos e só foi possível porque os golpistas tiveram acesso a informações privilegiadas.
O golpe foi dado no intervalo entre a apreensão e a comunicação oficial ao Detran sobre o sequestro dos carros. "A pessoa que tem as informações sabe que ela tem esse espaço de tempo para cometer esse estelionato, porque no momento em que consta o sequestro nos arquivos do Detran, a pessoa não vai mais conseguir nenhum tipo de financiamento em cima desse veículo", explica a advogada Beatriz Catta Preta.
Um dos carros apreendidos foi a garantia de um empréstimo de R$ 46 mil. Negócio fechado em uma agência bancaria de Campinas. O homem que tomou o dinheiro emprestado apresentou documento falso do carro em nome dele.
Há dois meses, quando a Justiça devolveu o carro ao legítimo proprietário, ele soube que não era mais dono. O senhor não assinou o documento de transferência do carro? "Jamais, não tinha nem como assinar, porque o documento está exatamente ainda nos autos da Justiça Federal. O original", diz uma pessoa que foi lesada.
Procuramos o homem que recebeu o empréstimo e se disse dono do carro. "Ele não é daqui, não. Faz tempo que ele mudou".
No outro caso, o documento original está com a verdadeira dona. A parte da transferência continua em branco.Mas, para o banco, o carro já é de outra pessoa. É de Edson Souza da Silva, que fez a compra com financiamento de R$ 17 mil. Encontramos Edson no bairro onde ele mora, na Zona Sul de São Paulo. Ele conserta equipamentos de ginástica e estava voltando do trabalho. O senhor fez financiamento em um banco para levantar dinheiro para poder pagar esse carro? "Não, não, financiamento algum, não tenho ideia".
A dona não vendeu e Edson não comprou. Alguém usou o nome dele na negociação. O dinheiro do empréstimo foi depositado pelo banco na conta de uma loja de automóveis, em Campinas. Mas o dono da loja, Valter Fernandes Jr, demonstra que, no mesmo dia em que recebeu o dinheiro do banco, passou a quantia para um conhecido que começava um negócio e pediu ajuda. "Dá para você fazer o financiamento pela sua loja? Na época eu falei: ‘claro que dá’", disse.
Segundo o dono da loja, foi o conhecido dele quem tratou da documentação e ainda juntou o decalque do chassi do carro apreendido. "Existe um processo documental que deve ser todo verificado. Na época eu verifiquei, mas o carro eu não vi, eu confiei", explica Valter. O conhecido do dono da loja é Jonathan Lopes Cunha. Ele responde a inquérito por estelionato, e falsificação de documentos em outro caso que envolve venda de automóvel.
Estivemos na casa de Jonathan. Ele não quis aparecer. Falou apenas por telefone. O senhor não tinha conhecimento que esse carro havia sido apreendido pela Polícia Federal? "Não nenhum conhecimento". Você não tinha nenhum contato na Polícia Federal de São Paulo? "Não, não conheço ninguém".
Inquérito
Na Policia Federal, ninguém quis gravar entrevista. Segundo o superintendente, há dois meses foi aberto inquérito para apurar a alienação ilegal de carros apreendidos, mas a investigação não chegou aos golpistas.
O superintendente em São Paulo, Leandro Daelo, disse que a investigação da Polícia Federal identificou pelo menos cinco carros que mudaram de dono enquanto estavam apreendidos, além dos dois casos que mostramos na reportagem. Segundo o superintendente a situação é grave e ele não descarta a participação de policiais e de funcionários terceirizados na fraude.
No caso de uma das vítimas, sabe-se que alguém foi dar umas voltas com o carro apreendido. O sistema de pagamento eletrônico registrou a passagem do veículo por um shopping da Zona Sul. "Quer dizer, eles ainda usaram meu carro para passear".
Os bancos que fizeram os financiamentos com base em dados falsos afirmaram que os verdadeiros donos dos carros não serão prejudicados e disseram que estão dispostos a colaborar com a investigação.
" Seria talvez este o motivo para que esta viatura da "Guarda Pretoriana" do governo Batráquio da Selva circule pela cidade de Santos sem placas?
Tenho acompanhado diariamente os noticiários e presto muita atenção quando aparece algum veículo da PF nas imagens, não importa em que estado ou cidade foram feitas as imagens, invariavelmente TODOS estão emplacados.
Então porque esta viatura roda pela cidade sem identificação alguma a não ser os adesivos e o "giroflex".
Seria este veículo mais um que está na situação descrita acima?
Com a palavra a Guarda Pretoriana do Imperador Lulla I o Ébrio.
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