* Democracia neste país é relativa, mas a corrupção é absoluta *

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QUANDO A POLITICA INTERFERE NA JUSTIÇA NADA MAIS FAZ SENTIDO

terça-feira, setembro 16, 2008

E ELES SE DIZIAM ÉTICOS E MORAIS.

O técnico em telefonia Paulo Roberto Salazar da Silveira revelou ter arrecadado fundos para o caixa dois da Democracia Socialista, uma corrente interna do PT, durante os anos em que foi funcionário dos gabinetes dos deputados estaduais petistas Raul Pont e Elvino Bohn Gass, de 1999 a 2005. Em entrevista à revista "Veja" publicada na edição desta semana, ele contou que em vez de dar expediente nos gabinetes, trabalhava na Associação Em Tempo, ligada à DS, onde fazia serviços administrativos e arrecadava fundos para campanhas políticas. Os contribuintes, segundo Silveira, eram advogados, empresas, sindicatos e até vereadores que doavam suas cotas de selos para a corrente. O técnico em telefonia também contou que recolhia notas fiscais frias de empresas que prestavam serviços ao partido para justificar algumas das operações. Afirmou ainda que movimentou R$ 400 mil não contabilizados na estrutura partidária. Na mesma entrevista, Silveira conta que encaminhava todos os vencimentos que recebia dos gabinetes - cerca de R$ 4 mil mensais - ao caixa dois da DS e que recebia, como salário verdadeiro, R$ 2 mil mensais da Associação Em Tempo. O ex-funcionário Paulo Roberto Salazar da Silveira, afastado desde 2005, ingressou na Justiça do RS com o processo nº 10801965571, que tramita na 16ª Vara Civil do Foro Central de Porto Alegre, aos cuidados do juiz Mauro Caum Gonçalves, no qual ele cobra uma indenização de 445 mil reais. Paulo Roberto Salazar da Silveira é técnico em telefonia. Pela denúncia de Paulo Roberto Salazar da Silveira ele pretende provar que, entre 1998 e 2005, era obrigado a devolver ao partido cerca de 4.000 reais mensais que recebia como assessor parlamentar em gabinetes de deputados do PT na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul. O ex-petista também reclama uma indenização material e moral pelo uso indevido de duas contas bancárias e de seu cartão de crédito por um comitê eleitoral do partido. A ação judicial pode ser o fio da meada para desnudar os métodos de financiamento de campanhas políticas do PT com dinheiro público. Salazar contou o que fez e o que viu como um dos arrecadadores de campanhas eleitorais do partido. Conforme Salazar, entre 1999 e 2005 ele foi funcionário-fantasma nos gabinetes de Raul Pont e do deputado estadual Elvino Bohn Gass. Além de não trabalhar, ele repassava o dinheiro que recebia integralmente aos parlamentares. "Eu sacava todo o salário na boca do caixa no dia seguinte ao pagamento. Até férias e décimo terceiro eram devolvidos. O dinheiro ia para o caixa dois da DS (Democracia Socialista)", afirma ele. Extratos da conta de Salazar, em poder da Justiça, podem comprovar os saques. Em vez de trabalhar na Assembléia Legislativa, Salazar conta que despachava na sede da Associação Em Tempo. O que levou Paulo Salazar a denunciar seus antigos companheiros trotskistas não se limita ao salário de funcionário-fantasma que repassava integralmente ao PT. Ele reclama que o partido não honrou despesas que assumiu para financiar candidatos petistas. Oito cheques assinados por ele, somando 37.500 reais, foram devolvidos. Um financiamento bancário de 30.000 reais, que ele diz ter tomado para financiar as campanhas petistas, também não foi pago. Salazar se sente enganado sobretudo pela complexidade do trabalho que diz ter prestado ao PT. O juiz Mauro Caum Gonçalves já aceitou a gratuidade da Justiça para o autor da ação, e também já determinou que Banrisul e Unibanco forneçam extratos de movimentação financeira do autor relativos ao período de agosto de 1999 a fevereiro de 2005. É explosivo o conteúdo do processo.
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