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QUANDO A POLITICA INTERFERE NA JUSTIÇA NADA MAIS FAZ SENTIDO

sexta-feira, novembro 28, 2008

IMPUNIDADE.

O Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) absolveu, por unanimidade, o promotor Thales Ferri Schoedl da acusação de homicídio e tentativa de homicídio contra, respectivamente, Diego Mendes Mondanez e Felipe Siqueira Cunha de Souza. O caso ocorreu na madrugada de 30 de dezembro de 2004, após um luau em Bertioga, no litoral paulista. Os 23 desembargadores aptos a votar entenderam que o réu agiu em legítima defesa. A acusação já anunciou que vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Durante a manifestação oral de seus votos, quatro magistrados fizeram críticas à imprensa pela forma como o episódio foi retratado nos meios de comunicação. "Ao acompanhar pelos jornais, tive a nítida impressão de que o réu era culpado", afirmou um dos desembargadores. "Mas, ao examinar os autos, minha conclusão foi outra, como se estivéssemos tratando de casos distintos." Um dos magistrados chegou a comparar o caso ao da Escola Base, quando, em março de 1994, proprietários e funcionários de uma escola de educação infantil foram acusados de abuso sexual de crianças, crimes que não cometeram. A banca de acusação, composta pelo procurador Gilberto de Angelis e pelo advogado Pedro Lazarini Neto, iniciou os debates pedindo aos desembargadores que reconsiderassem a tese de legítima defesa, levantada já no ato do recebimento da denúncia (acusação formal à Justiça). Angelis disse ser "odioso" que uma autoridade faça uso de arma funcional para resolver questões pessoais. "Foi uma briga de moleques. E ninguém teve a prudência de se afastar." A defesa do promotor, representada na tribuna pelo advogado Rodrigo Bretas Marzagão, gastou pouco mais de metade da uma hora a que tinha direito para desmontar a tese de seus opositores. "Ele (Thales) avisou que era promotor, disse que estava armado, mostrou a arma e nem assim as vítimas pararam", afirmou. Marzagão disse ainda que exames de corpo de delito atestaram lesões nos braços de Thales, sinal de que as vítimas tentaram tomar a arma de sua mão. "Porque estava armado defendeu a própria vida", disse o advogado.

Eu gostaria que apenas um, desses 23 sem vergonhas corporativistas me respondesse sobre 12 tiros em uma pessoa desarmada ser considerado legítima defesa.
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2 comentários:

Anônimo disse...

É uma afronta as leis, é uma vergonha para a justiça é um tapa na cara dos cidadãos.
Até quando veremos esse tipo de corporativismo no Brasil?
Esse vagabundo diplomado deveria estar em cana, assim como aquele cidadão que deu "UM" tiro num bandido que entrou na casa dele, e foi preso por homicídio.
A lei é cega e fede demais.

Anônimo disse...

Jogaram as leis no lixo para defender um dos seus.
A meu ver legítima defesa é um ou dois tiros, mas doze?
Esse promotorzinho de merda vai continuar solto e fazendo bobagens, e a família do rapaz assassinado, se quiser justiça terá que toma-lá nas próprias mãos.
Estamos mesmo na terra da impunidade, mas.....se o promotor fosse pobre, ou preto, estaria mofando em uma cela tão lotada que não daria nem para dormir deitado.