A
Economia contamina a reeleição de Dilma
A imprensa, principalmente a internacional,
está cada dia mais crítica com relação ao desempenho da economia brasileira. A
grande questão é que não existe mais espaço para as audaciosas manobras
econômicas promovidas por Dilma Rousseff, ao utilizar a artimanha “criativa”
sem uma justificativa crível na condução equivocada da sua política
macroeconômica.
Está previsto para o final deste mês que a
economista e presidente do Brasil divulgue para os eleitores os rumos da sua
campanha, que já demonstra vitória
antecipada da sua reeleição, alardeada pelos militantes do seu partido e aliados oportunistas. Diante disso, mais uma
vez, estará elevando os gastos públicos que nortearam o seu primeiro Governo e,
consequentemente, ampliando as deteriorações das contas públicas.
Admiramos perplexos, no início deste ano,
sua magnífica estreia no Fórum Econômico de Davos, quando tentou
desesperadamente amenizar o pânico dos investidores estrangeiros relacionado
aos fundamentos econômicos do Brasil e os temores de que o Governo poderá continuar
estrategicamente interferindo no mercado nacional.
Infelizmente, a presidente não conseguiu
animar os presentes, pelo contrário, parecia mais uma vendedora de carro velho
que somente ressaltava as qualidades do veículo e, ao mesmo tempo, procurava
esconder os defeitos aparentes na chaparia.
Lamentavelmente, não apresentou nada que
sinalizasse ao mundo, de forma consistente, a contínua melhoria da
infraestrutura e a concepção de um novo modelo econômico. Dessa forma,
continuaremos cambaleando e convivendo com uma economia debilitada, suscetível
a crises que abatem países desenvolvidos e/ou emergentes.
Coincidentemente, enquanto Dilma discursava
em Davos, acontecia a primeira expressiva queda, em 2014, do principal índice
da bolsa de valores brasileira – Ibovespa – que apresentou expressivas perdas
no mercado de ações, impactando
substancialmente o valor das empresas que compõem a sua carteira teórica.
Diante da ocorrência, fortaleceu-se a
volatilidade habitual que, nesses últimos pregões, tem apresentado um
comportamento bipolar, alternando dias de queda brusca e alta vigorosa.
Simultaneamente a este episódio, a nossa
moeda também apresentava forte desvalorização entre outras nações emergentes, o
que nos levou a sentir, naquele momento, que o governo irá puxar as rédeas da
descontrolada economia brasileira e que estávamos vivendo, naquele instante,
uma “tempestade perfeita” de notória falta de confiabilidade.
Segundo o Financial Times, o Brasil sempre será lembrado como o grande
perdedor deste famoso fórum mundial. A presença de Dilma foi a grande surpresa
do conclave. Já ocupando a presidência do Brasil, ignorou os três últimos
encontros, para os quais enviou, como seu representante, a dupla formada pelos
submissos escudeiros que lideram a sua equipe econômica.
O Brasil ficou carimbado como o país com as
menores menções na lista “quente” do evento, ressaltando-se a ausência de
investimentos estruturais e afirmando-se que a aceleração do seu crescimento,
até determinado ponto, se fez basicamente através do estímulo ao consumo por
meio da incitação ao crédito.
O atual governo é enfático em transferir a
culpa dos seus insucessos para o macro ambiente externo, sempre alegando os
efeitos da crise mundial que desfavorece a nossa economia, responsabilizando,
principalmente, o menor crescimento da economia chinesa e o redirecionamento da
política macroeconômica dos EUA em função da revitalização da sua economia.
Não resta dúvida de que esses dois pontos
acima são extremamente importantes, mas sob o ângulo de uma visão sistêmica,
pois envolvem as duas maiores economias do planeta que estão se deslocando
lentamente nos sentidos da mão e da contramão que regulam o crescimento
mundial, favorecendo o surgimento de um novo ciclo para a economia global, que,
provavelmente, trará consigo alguns riscos que precisam ser melhor
dimensionados.
Quando se trata do ambiente interno, este é
menos barulhento, pois foi o único responsável por executar conscientemente os
desacertos econômicos, com o objetivo de introduzir de forma ardilosa seu
projeto político iminentemente neofascista, procurando, dessa forma, se manter
no poder por muitos anos.
O país sofre de uma evidente ilusão a
respeito das causas do crescimento “espetaculoso” após o PT se acomodar no
berço esplêndido do Planalto.
Para os governistas, isso seria o resultado
da expansividade do consumo, fomentada pela adoção de políticas de distribuição
de renda e apoiada nos aumentos reais do salário mínimo e na execução das
Bolsas - Família e outras mais, todas elas de cunho eleitoreiro.
Essas políticas são plenamente
justificáveis, pois representam dois aspectos fundamentais que não estão
correlacionados à administração petista; um surge de fora, na época da ascensão
da China, o que proporcionou, durante um bom período, um saudável crescimento das
exportações brasileiras de commodities, tornando-se aquele país nosso principal
parceiro econômico.
O outro foi construído internamente através
de reformas estruturais realizadas pelos governos anteriores, a exemplo da
abertura da economia, do exitoso Plano Real, das privatizações retomadas com
muita paixão por Dilma e acompanhadas de inúmeras justificativas para não
vinculá-las ao governo tucano de FHC; da elaboração e promulgação da Lei de
Responsabilidade Fiscal e da adoção de mecanismos que visam fortalecer o tripé
da gestão macroeconômica que abrange, simultaneamente, inflação, gastos
públicos e câmbio. Uma notável herança benigna.
Como sou um curioso da administração
ambiental, arrisco uma analogia contextualizada entre a ecologia e a economia
brasileira. “Os ventos que sopravam
dentro do país já se dissiparam. A brisa externa que atingia o Brasil diminuiu
sua intensidade. Portanto, o quanto antes, é indispensável reconstruir um novo
meio ambiente para o país”.
Já sabemos, mas é prudente sempre frisar,
que a nossa presidente vem desapontando desde o início da sua famigerada
administração no que diz respeito ao desempenho da nossa economia; sua gestão
apresenta um crescimento médio do PIB (Produto Interno Bruto) de apenas 1,8%
a.a, uma inflação que beira os 6,0%, déficit em conta corrente de 3,7% em
relação ao PIB, excessivo intervencionismo estatal, inconsequentes mudanças de
regras, hostilidade ao capital privado, um amontoado de linhas de crédito
subsidiadas oferecidas pelo BNDES e que alimentaram, em boa parte, a expansão
da dívida pública, agravando a transparência e a credibilidade da política
fiscal; deterioração das contas externas, desenfreados gastos públicos e a
inconsistente política econômica minam frontalmente a confiança governamental,
desanimando os investimentos.
Dilma promoveu uma multiplicidade de
políticas que contribuíram para dificultar mais ainda o cenário; dentre as mais
importantes, sinaliza-se coagir o Banco Central a golpear a taxa básica de
juros e a criação de diversos subsídios e estímulos para disfarçar os danos
fiscais através de mirabolantes mágicas contábeis.
O último significativo acontecimento veio
do firmamento. Nos últimos anos, o problema era a abundância de chuvas; agora é
a forte estiagem predominante em muitas regiões do país, conflitando com a
grande demanda por energia durante o nosso verão. Se persistirem os riscos de
apagão, a adoção de um racionamento será inevitável.
Penso que ainda não existem dados
consolidados sobre o estrago que a falta de chuvas em harmonia com elevadas
temperaturas têm provocado no campo. Os produtores de grãos, verduras, café,
laranja e os pecuaristas vivem preocupados com relação às prováveis perdas que
já reproduzem alta nos seus preços, com a possibilidade dos alimentos
turbinarem a inflação no segundo trimestre deste ano.
Conforme as notícias divulgadas pela
imprensa, o governo brasileiro tenta minimizar a crise de energia já plenamente
instalada, o que prejudica parcialmente o crescimento econômico e pode trazer
literalmente grandes prejuízos à sua candidatura num ano iminentemente
eleitoral, à véspera da propalada Copa do Mundo que terá seu início em junho,
período no qual também costuma haver escassez de chuvas em algumas plagas,
potencializando riscos.
Problemas no setor elétrico são atualmente
as grandes alucinações que infernizam as cabeças coroadas do Planalto e também
o comitê da pré-campanha de reeleição da atual mandatária. Ela foi, durante a
administração de Lula, sua ministra exemplar, ocupando a pasta de Minas e
Energia, onde se destacou pelo seu perfil técnico e, quaisquer problemas nesta
área estão intimamente vinculados à sua imagem.
Nos primeiros trinta e cinco dias de 2014
aconteceram treze cortes de energia em doze estados que envolvem quatro regiões
do país, deixando mais de cinco milhões de lares e estabelecimentos comerciais
às escuras, segundo a cúpula do gerenciamento do sistema elétrico nacional. Em
igual período, no ano passado, houve apenas três apagões, o que demonstra nitidamente
a grande crise que iremos continuar vivenciando.
Infelizmente, estamos colhendo, neste
especial momento, alguns frutos da má gestão de uma caótica administração
federal, também comprovada no setor de energia.
Sem dúvida, o atual governo menosprezou os
investimentos necessários a este indispensável segmento. Poderia, simplesmente,
ter retirado os impostos federais da conta de luz, buscando atingir o seu
objetivo da redução.
Penso que nós assistimos a um momento
extremamente delicado no que diz respeito à questão do sistema energético. É
necessário entender que a Eletrobras, uma estatal que em 2010 valia R$ 32
bilhões, hoje vale em torno de R$ 8 bilhões. Seus técnicos avaliam que se não
houver aumento na oferta de energia, o governo vai ter
que dispor de R$ 15 bilhões do Orçamento, destinando-os às distribuidoras.
A meu ver, existem apagões muito piores - o
da incompetência que já dura mais de dez anos, deixando o País nas trevas da
corrupção desvairada, na escuridão da imoralidade no trato com a causa pública,
provocando a cegueira que impede os governantes de enxergar os avanços nas
reformas estruturais que são imprescindíveis para o crescimento sustentável do
Brasil.
Esses fatos reunidos descredenciam moral e
administrativamente a postulante a renovar o seu mandato, no comando dos
destinos da nossa sofrida e combalida nação.
Arthur
Jorge Costa Pinto é Administrador, com MBA em Finanças pela UNIFACS
(Universidade Salvador).
E PHOD@-SE!!!
...................
Vejo a reeleição da Terrorista de 2 maneiras.
ResponderExcluir1) Como não tem e nunca teve um plano de governo, vai novamente apelar para o Bolsa Família e todo o populismo sem vergonha.
2) Se o PT realmente perder na contagem de votos, irão fraudar as urnas eletrônicas.
Resumindo, estamos ferrados...
Não é a toa que a economia do país vai mal, acabo de ler que o Governador petista do DF, vai instalar energia solar no Mané Garrincha,um dos maiores elefante branco do Brasil,cuja a necessidade do consumo de eletricidade talvez seja uma vez ao mês, e a população pobre e miserável do entorno de Brasília vai permanecer no escuro, aliás quem é petista já está no escuro.
ResponderExcluirMASCATE, sobre o que vem do submundo do partido dos PETRALHAS, seus aliados, alienados, admiradores, militantes, meliantes, quadrilhas, facções organizadas para tudo o que existe de pior na mente e no mundo dos ilícitos e crimes, não perco mais meu tempo para comentar, pois não costumo desperdiçar palavras e tempo com a BANDIDAGEM e MARGINALIDADE de forma geral que contaminou este país nestes últimos 12 anos.
ResponderExcluirABS...
Os estrategistas do PT, organizaram a Copa do Mundo aqui,
ResponderExcluirpara dopar o povo brasileiro.
E viva o povo Da Venezuela e Ucrânia.
Janda Mendez
My friend, não viu a ministra puxa-saco chamando a dilmarionete de "presidenta Lula"? Ato falho?
ResponderExcluirÉ...o cerco tá se fechando....
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