O BOTE DO LEÃO SINDICAL
A tentativa de aparelhar a Receita Federal com auditores ligados ao PT criou um monstro rebelde – e mostrou o perigo de misturar governo e partido
Na saída O atual secretário da Receita, Otacílio Cartaxo (à frente, à esq.), e sua antecessora, Lina Vieira, quando ela estava prestes a ser defenestrada |
O ex-ministro José Dirceu, quando era o todo-poderoso chefe da Casa Civil e o ideólogo do governo, pregava que o PT só teria controle absoluto da máquina quando seus quadros estivessem no comando da Polícia e da Receita Federal. Em 2008, o ex-secretário Jorge Rachid, sobrevivente da turma que reinava no governo anterior, foi demitido. Os petistas enxergaram ali uma oportunidade, e o aparelho sindical entrou em ação. Além de instalarem Lina Vieira no comando do Fisco, eles ocuparam também os principais postos do órgão. Na semana passada, em solidariedade à ex-chefe, demitida sem explicações há dois meses e envolvida numa polêmica com a ministra Dilma Rousseff sobre um suposto pedido de favorecimento à família do senador José Sarney, muitos se rebelaram. Doze dirigentes decidiram abandonar seu posto e denunciaram uma suposta interferência política do governo em favor de grandes empresas investigadas pelo Fisco.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, a quem a Receita Federal está subordinada, demorou a entender o significado da insurreição. Primeiro, ele fez troça: "Demissões? Que demissões?". Em seguida, depois de levar uma reprimenda do presidente Lula, Mantega procurou amenizar a crise. "É uma balela, está se criando uma ideia falsa de que há confusão", disse, assegurando que a interrupção na fiscalização de grandes empresas, como afirmaram os sindicalistas rebelados, é falsa. A turma que está deixando a Receita Federal insinua que existem ao menos dois casos em que teria havido interferência do governo em favor de companhias graúdas – um envolvendo um banco estrangeiro, outro uma montadora de automóveis americana. Ao nomear o grupo de Lina Vieira para os postos-chave da Receita, o governo acreditava que estaria, como pregava o ex-ministro José Dirceu, assumindo o controle da máquina e, consequentemente, subordinando as ações do Fisco aos interesses do Planalto. A coisa escapou do controle.
Para o lugar de Lina Vieira foi nomeado Otacílio Cartaxo, ex-assessor dela. O novo chefe da Receita ganhou o cargo depois de dizer no Congresso que, ao contrário do que afirmava sua ex-chefe, a Petrobras não foi beneficiada por uma manobra ilegal que permitiu à empresa adiar o recolhimento de mais de 4 bilhões de reais em impostos. Ele agora se dedica a fazer uma limpa dos sindicalistas associados a Lina. Se não está desaparelhando completamente a Receita, ao menos tenta dar voz a quadros mais técnicos.
Revista Veja
Don Fernando,
ResponderExcluirveja a opinião do ex-secretário da receita sobre o caso:
http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1111651-7823-CRISE+ATINGE+DE+VEZ+A+RECEITA+FEDERAL,00.html
Bobito
ResponderExcluirPoxa cara, você me deu o Link, eu fui assistir o Entre Aspas, com a magnífica e deliciosa Monica Waldvogel, e fiquei estarrecido.
Não que Lina Vieira seja um primor em competência, mas, um SINDICALISTA, que tentou o tempo inteiro desabonar a secretária, mostrou apenas suas tendências partidárias.
O ex Everardo Maciel deu uma luz com lucidez para o assunto, e o advogado não disse a que veio, concordava com tudo.
Vou te contar uma histórinha.
Aqui em Santos a EX dePUTAda Telma de Souza concorria a prefeitura municipal pelo PT, contra o atual dePUTAdo Beto Mansur que concorria a reeleição na época.
Bem, os funcionários PTRalhas da saúde descartavam e escondiam medicamentos nos postos de saúde causando a falta dos mesmos, e depois faziam propaganda contra o prefeito, com isso, causaram enormes prejuízos à população carente. Apenas com a nítida intenção de jogo político e desabonar o prefeito na época.
O tiro saiu pela culatra, a EX dePUTAda não conseguiu se eleger mais para cargos em Brasília, e hoje amarga uma obscura vereança, e sabe que sua carreira política está caminhando para o fim.
A atitude foi bem ao estilo PTralha de ser, e hoje, assistindo a esse vídeo, lembrei dessa situação. É prática comum entre a PTralhada colocar as pessoas em situação delicada. E se der certo melhor para as intenções PTralhas, se der errado joga-se a culpa no funcionário.
Para mim a polêmica da RF entre Lina e Dilmá faz parte desse pacote PTralha.
Agora, a Lina tem apenas UMA história, o planalto já lançou mais de meia dúzia.
Quem tem credibilidade?
Aquele que conta sempre a mesma história, ou o que muda de conversa a cada dia?
Fernandito, você numa conversa informal sem envolvimento político deve ser muito divertido (Isso é sério).
ResponderExcluirOs dois lados são sujos, um esconde medicamento e outro superfatura ambulância.
O DVD do dossiê que o PT ia pagar 1,7 milhão está aqui de grátis:
http://www.youtube.com/watch?v=P6MyZfzyoIU
http://www.youtube.com/watch?v=cGMHv0OLja0&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=Hil6V-c0Kro&feature=related
Sobre a Lina, me desculpe, mas tenho certeza que ela está mentindo. A única pessoa séria na família dela é o Mução - http://www.mucao.com.br/novo/blog/blog.php
Agora o que está me deixando estupefato são as compras sem licitação de revistas da Editora Abril e afins. Já atingem mais de 75 milhões.
http://namarianews.blogspot.com/2009/08/educacao-em-sp-amigos-merecem-milhoes.html
Bobito
ResponderExcluirUns compram da Abril, outros da Carta Capital e assim vão caminhando as ações entre amigos do poder.
Não importa de que lado você esteja, o que conta é quanto vai levar nisso.
Muda só a mosca, a merda continua a mesma....sempre...
Será mesmo?
ResponderExcluirEu não confio em nenhum petista. Aliás, eles têm horror a "quadros técnicos", pois estes não são manipuláveis, ou pelo menos, não eram antes do advento do petismo.
De qualquer forma, você tem razaão. A saída dos sindicalistas arejou um pouco a Receita Federal.
beijos, bom domingo.