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domingo, maio 03, 2009

A polítização de um câncer.

O que o linfoma de Dilmá tem que os outros, não tem?
*Diogo MainardiFontes:
Revista Veja

MabThera. É a marca do remédio usado no tratamento de linfomas iguais ao da ministra Dilma Rousseff – os linfomas de células B. Associado à quimioterapia, ele aumenta a possibilidade de cura dos pacientes em cerca de 20%. Dilma Rousseff fez bem em procurar um hospital particular.

Seus hematologistas e seus oncologistas podem receitar-lhe o MabThera, como acontece nos Estados Unidos e na Europa. Os mais de 10 000 pacientes com linfomas que todos os anos recorrem aos hospitais públicos brasileiros, por outro lado, não podem contar com o remédio. Porque ele é caro demais para o SUS: um frasco custa 8.000 reais. O que aumenta mesmo, nesses casos, é só a possibilidade de morrer.

No sábado 25, ao lado de seus médicos, Dilma Rousseff falou abertamente sobre seu estado de saúde. Depois de informar que retirara um linfoma e que passaria por um tratamento de quimioterapia, ela declarou o seguinte, com aquela sua gramática um tanto peculiar:

"Nós, brasileiros, temos o hábito de sermos capazes de enfrentar obstáculos e sairmos inteiros do lado de lá".

Alguns brasileiros enfrentam obstáculos menores do que os outros. E alguns brasileiros possuem mais chance de sair inteiros do lado de lá.

Os médicos de Dilma Rousseff sabem disso: um brasileiro com linfoma que toma MabThera tem mais chance de sair inteiro do lado de lá do que um brasileiro com linfoma que é atendido pelo SUS e não toma MabThera. Há brasileiros mais inteiros e brasileiros menos inteiros.

Em seu primeiro comentário público sobre o assunto, Lula garantiu que Dilma Rousseff "não tem mais nada". De certa maneira, ele está certo. Os dados do Ministério da Saúde sobre a incidência de câncer no país nem relacionam o linfoma. Para o governo, trata-se de uma categoria indiscriminada. É como se, oficialmente, o linfoma nem existisse. Para fazer qualquer planejamento, as autoridades sanitárias brasileiras se baseiam nos dados dos Estados Unidos.

Há muitos anos, os médicos da rede pública tentam inutilmente incluir o rituximabe – o nome genérico do MabThera – no tratamento dos linfomas. Mas o medicamento só costuma ser obtido na marra, por meios legais, quando um doente processa o Ministério da Saúde.

O maior obstáculo que os brasileiros enfrentam, para citar Dilma Rousseff, é o governo.

Lula e o PT imediatamente levaram o linfoma de Dilma Rousseff ao palanque, usando o apelo emocional para tentar impulsionar sua candidatura a presidente.

Em vez disso, teria sido mais decoroso levar o linfoma aos hospitais públicos, estendendo aos pacientes mais pobres o acesso ao MabThera. Quem sabe alguns deles conseguissem sair inteiros do lado de lá.

Dois em Cena. http://dois-em-cena.blogspot.com/2009/05/o-que-o-linfoma-de-dilma-tem-que-os.html

Dizer o que mais?
Que o sistema único de saúde é uma tragédia em que o brasileiro está exposto à pena de morte por ser pobre e carente?
Que dar bolsa esmola e seguro desemprego indiscrinadamente não é a solução para o problema maior que é a falta de saúde da população?
Mostrar um crescimento econômico intenso, e o sucateamento da saúde continuar devastador?
Fazer propaganda de Pré Sais, e jamais pisar em um posto de saúde para ver a tragédia humana que se desenvolve por lá?
Gente morrendo sem atendimento médico, ao menos decente, falta de leitos, hositais sucateados com profissonais mal remunerados e com cargas de trabalho absurdas.
O brasileiro paga impostos para o governo e deveria receber saúde, educação, e segurança, e infelizmente para poder ter tudo isso, tem que pagar de novo, particularmente. Mas, e os que não podem pagar?
E aquele que recebe bolsa esmola para comer e não enxerga futuro para seus filhos, come mas não vive, não tem expectativa de vida, não tem saúde, moradia e nem educação? Qual é o seu futuro?
O que fazer com um povo que é incentivado a ter filhos cada vez mais cedo apenas para poder receber bolsas e ajudas em dinheiro de um governo que vive de tapar o sol com a peneira?
Desde os tempos de Cabral o Brasil é deficiênte, paquidérmico e cruel com sua população, mas nos últimos anos a situação apenas continuou como estava. Só que com uma propaganda eficiênte e muito bem feita que leva o brasileiro médio à pensar que vive em uma ilha paradisíaca.
Um governo que dá pão e circo para se perpetuar no poder e ainda assim é tido como o melhor governo da história.
Para que sediar uma Copa do mundo, ou uma olímpiada?
Por que não pegar esse dinheiro todo e melhorar o ensino e a saúde da população?
O Brasil vive de espetáculo em espetáculo, e escondendo as tragédias, pobre gosta de glamour, de riqueza e de ostentação, quem gosta de pobreza é intelectual e político em campanha.
Queria ver esse povo de Brasília se tratar de um linfoma no SUS, e depois vir à público com aquela cara de pau mais deslavada do mundo e dizer que o brasileiro sai bem do outro lado...só se for do lado de lá...no além...pois sair bem do lado de cá é pura sorte. Ou muita grana do contribuinte.
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Se é político não é honesto, se é honesto não é político!!!!

7 comentários:

  1. Fernando, é mais ou menos por aí, na clausura dos aparelhos, quêm sabe a Machadão não foi assediada por um destes comunas enfermos. Muito embora, acredito que a sua suposta "não importância" fosse dada ao fato de que ela teria entregado militantes, pois após a sua prisão, vários "caíram", como eles costumavam dizer. Isto são hipóteses que devido a uma trama de Mentiras compulsivas, ficarão sempre na especulação. Um forte abraço!

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  2. Vamos rezar para a Vilma desencarnar o mais rápido possível, e de quebra levar o Dirceu e o Lulla...
    Tá bom, eu sei que é querer demais, mais não custa nada.
    Se isto acontecer, prometo pecar menos daqui para a frente.
    abs

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  3. Beto Siqueira03 maio, 2009

    Sentinela, vaso ruim não quebra!!
    Ainda mais quando é confeccionado com couro de brasileiro otário.
    A esperança é a ultima que morre....mas morre!

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  4. BRASIL GRANDE04 maio, 2009

    Henrique Marinho, Professor de relações internacionais
    De devedor a credor do FMI, a trajetória do Brasil no cenário global mostra conquista política e força econômica

    Milhares de brasileiros nasceram e cresceram em um País caracterizado por forte vulnerabilidade econômica e social, detentor de uma dívida externa calculada em proporções astronômicas, atrasado científica e tecnologicamente em relação a muitas nações e ainda sem a menor expressão, seja ela política ou de qualquer outra natureza, no cenário externo. Para várias gerações esta parecia ser uma situação difícil de ser modificada. Entretanto, ao que tudo indica, o Brasil está destinado a desempenhar um futuro papel de relevo nos cenários evolutivos da governança global. De ator principal no processo de integração regional da América do Sul, começa a despontar também como importante “player” na ordem internacional.

    E as circunstâncias que levam a tal conclusão não são poucas. Além de internamente o País ter feito o dever de casa e estar melhor preparado para turbulências econômicas externas como a que se vivência agora, ele tem modificado sensivelmente o eixo de sua política externa, priorizando as relações multilaterais.

    Mais recentemente, aceitou ainda o convite feito pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) para entrar no clube dos 47 países que são credores do Fundo — que financiam regularmente as operações conduzidas pela entidade —, chegando, inclusive, a ser reconhecido pelo diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, como ´um grande jogador do cenário mundial´, dada a liderança do presidente Lula.

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  5. Brasil Grande

    Nos anos 80 o Brasil era credor do FMI, portanto esta não é uma situação nova.

    Sou um cidadão brasileiro que cresceu em um país onde nem sempre houve grande volnerabilidade social e econômica. Houve épocas de forte desenvolvimento social e econômico. No tempo de Vargas houve um grande avanço social e na época de Dutra o mundo era devedor do Brasil.

    O Brasil se tornou um grande devedor na era JK com os investimentos feitos para o desenvolvimento de nossa indústria.

    Durante o regime militar houve importantes desenvolvimentos tecnológicos nas áreas de energia elétrica, energia nuclear, medicina, comunicações.

    O Brasil se tornou um país de ponta e reconhecido internacionalmente pelo seu avanço em medicina de ponta.

    Tinhamos, a partir do governo JK uma espiral inflacionária, que foi detida com o Plano Real implantado em 1994 durante o governo Itamar Franco.

    De lá para cá o Brasil tem apresentado importantes conquistas sociais e econômicas.

    Desde o governo Sarney o Brasil tem apresentado uma estabilidade política compatível com a dos países mais desenvolvidos.

    No entanto falta ao Brasil vencer um dos maiores males que aflige esta nação. A corrupção, a falta de ética e honestidade na política que impedem o Brasil de se tornar um importante player na ordem internacional.

    Já durante os governos militares, o Brasil passou a adotar uma política internacional pragmática, priorizando as relações multilaterais, principalmente com pises da África e Ásia.

    O fato do FMI ser um fundo, como o próprio nome diz, onde todos os países membros contribuem com uma cota de recursos indica claramente que após o pagamento de suas dívidas, o Brasil tem que continuar contribuindo, portanto não é nenhuma novidade o fato do Brasil contribuir para o Fundo Monetário Internacional, contribuição esta sem a qual o Brasil não poderia continuar participando do fundo.

    Portanto, e finalizando, o Brasil se tornou um grande jogador no cenário mundial se deve a décadas de trabalho e sacrifício do povo brasileiro e de seus governantes desde o tempo de Vargas e até antes, e não do trabalho de Lula, como este quer fazer parecer.

    Lula e seus seguidores fazem uma grande injustiça com o povo brasileiro quando assumem, para si, os resultados positivos de décadas de trabalho de um povo.

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  6. Brasil Grande

    Complementando. O que escrevi não foi cópia de intenet, mas experiência vivida. São 63 anos de idade, e sou testemunha do que tem ocorrido no Brasil e posso lhe dizer que nunca na história deste país houve tanta corrupção, falta de ética de moral e principalmente falta de vergonha na cara de nossos governantes e de seus pucha sacos como você.

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  7. Grande Laguardia!!!!
    Na visão tendenciosa e simplista da PTralhada o Brasil tem duas fases. A primeira de Cabral até o final do governo FHC.
    E a segunda de Lulla para cá.
    Em 508 anos de Brasil só crescemos e nos destacamos nos últimos 8?
    Foram quinhentos anos de idade média? Nada se fez , nada se produziu, nada se criou, nada de nada?
    Tudo passou a acontecer após a eleição do Batráquio da Selva?
    Sou obrigado a concordar que em matéria de corrupção, safadeza, desmandos, desvios e superfaturamentos, em 508 anos, NADA MUDOU!!!!
    Hoje temos um maior acesso às informações e o brasil está inserido no mercado mundial graças a globalização. Se pensarmos em termnos de mundo, a Índia era uma bosta assim como a China, e com a globalização se tornaram potências emergentes no mundo, portanto o Batráquio apenas está surfando na marolinha que todos os outros deixaram para ele. E esperto como ele é, fez a lição de casa e não mexeu na política econômica deixada por FHC. O resto é consequência.
    Pois, em matéria de instituições, o Brasil nunca esteve tão podre!!
    Não serei leviano em dizer que no governo Batráquio da Selva não aconteceram avanços, é claro que sim, mas um governo que pregou ética e moralidade por mais de 20 anos enuqnto era oposição, e hoje deixa a situação chegar à esse limite, é tão ou mais sujo do que todos os que antes dele aqui estiveram.

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Um blog sem estilo feito para esculachar quem eu bem entender.