Recebí este texto do meu amigo JC como resposta a comentarios pouco inteligentes, xulos, e até agressivos que tem sido postados neste Blog por alguns ZÈMANÈS que se encaixam perfeitamente no assunto da matéria.
Volto a reiterar que não irei abrir a mediação do Blog, não é o que acredito em matéria de democracia, mas antecipadamente peço desculpas aos leitores inteligentes e equilibrados por algum desconforto que possam vir a ter em ler alguma bobagem escrita por algum idiota insano obviamente escondido no anonimato ou no "brilhantismo" de usar pseudonimos dos mais diversos, mas nunca mostrar a cara de verdade. Viver escondido nas trevas da covardia é a opção dos PTralhas, assim como existem alguns blogueiros que não possuem nomes ou rostos, existem também os comentaristas que se comportam da mesma maneira.
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Achei muito interessante e resolví postar no Blog.
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CADASTRO NA WEB E A VALENTIA DOS ANÔNIMOS.
Ainda falta mais de um ano para começar oficialmente a campanha presidencial de 2010, mas as feras já estão soltas na web, prontas para matar ou morrer, como se o país estivesse em guerra.
Dá para imaginar o que nos espera nesta primeira eleição geral no Brasil na qual a internet terá um papel decisivo, como já vimos na campanha que levou Obama à presidência dos Estados Unidos.
Com mais de 60 milhões de brasileiros já ligados à grande rede, uma terra de ninguém, sem regras nem responsabilidades claramente estabelecidas em lei, o vale tudo não tem limites, e fica cada vez mais difícil estabelecer um debate minimamente civilizado.
Quem me chamou a atenção para esta situação nova e preocupante na disputa política foi o colega Luiz Antonio Magalhães, em corajoso artigo publicado esta semana no Observatório da Imprensa, sob o título “Blogosfera desvairada _ Sob o império da lei da selva”.
Encarregado de fazer a moderação dos comentários do OI, Magalhães fala das dificuldades encontradas. “Em muitos casos, os internautas reclamam de “censura”, em outras apontam supostas ofensas e até crimes de calúnia, injúria e difamação em textos liberados pelo moderador”.
Eu mesmo muitas vezes fico na dúvida sobre o que devo ou não liberar para publicação. Se levar esta tarefa a ferro e fogo, sobraria pouca coisa, e logo seria xingado de censor por não aceitar opiniões contrárias às minhas.
Não se trata disso, garanto. Desconheço outro blog em que a área de comentários publique tantas críticas ao próprio autor e a tudo o que ele escreve, como são testemunhas os leitores deste Balaio _ entre outras razões, por ter trabalhado durante dois anos no governo Lula, como informa meu currículo profissional publicado aqui ao lado direito.
O grande problema que vejo nesta história toda, desde que comecei a escrever na internet, em 2005, é a praga do anonimato que se espalha por todos os espaços da web.
Em alguns blogs _ não é o caso do Balaio, onde a grande maioria dá seu nome completo _, a quantidade de leitores que se “identificam” como “anônimos”, ou usam alcunhas, pseudônimos, niks e não sei mais o quê, é assustador, chega a quase 100%.
Gostaria de saber qual o motivo destes valentes caluniadores não poderem se apresentar com seu próprio nome, arcando com as consequências por aquilo que escrevem.
Agridem com a maior leviandade a honra alheia, levantam falsas acusações, ofendem outros leitores e, quando seus comentários não são publicados, saem gritando: “Censura! Estou sendo censurado!”.
Luiz Antonio Magalhães observa, com toda razão:
“A internet é um fenômeno ainda muito novo no mundo inteiro. A legislação que servia para a imprensa escrita, falada e televisiva não contemplava tamanho grau de interatividade e muito menos as enormes possibilidades de anonimato que a rede mundial permite e até incentiva”.
A baixaria permitida por este anonimato muitas vezes é incentivada pelos próprios blogueiros, que atiçam seus fiéis seguidores a se tornarem cada vez mais intolerantes, sectários, preconceituosos e fanáticos, criando verdadeiras cruzadas em defesa do seu campo ideológico e de ataques a quem pensa diferente.
Magalhães pinçou alguns exemplos de blogs em que os leitores repetem com mais fúria e sem nenhuma responsabilidade os bordões dos donos do pedaço. Não se trata de eventuais aberrações.
Esta prática está-se tornando cada vez mais comum na web, fazendo lembrar aqueles rapazes da TFP (por onde andarão?), que ficavam com seus estandartes pelas esquinas da cidade praguejando contra o perigo vermelho que ameaçava a tradição, a família e a propriedade.
A cada dia aparecem novos justiceiros botando mais fogo no circo numa disputa feroz para ver quem é o mais radical, o mais ousado, formando novas legiões de fanáticos que se recusam a utilizar argumentos para combater idéias, partindo diretamente para o confronto insano, que tem como pano de fundo a disputa eleitoral do próximo ano.
Magalhães lembra que o STF acaba de derrubar a Lei de Imprensa da ditadura, sem estabelecer novas regras para disciplinar a atividade. “Está valendo o que diz a Constituição Federal, promulgada quando a internet ainda engatinhava no país”.
Concordo plenamente com ele, quando diz:
“Não é preciso ser nenhum gênio para perceber que existe um vazio enorme, uma lacuna que precisa ser preenchida. Não se trata, é óbvio, de defender a restrição das atividades que os internautas desenvolvem na web, mas sim a de algumas regras básicas para disciplinar estas atividades. A internet não pode se transformar em uma máquina de moer reputações”.
Não gosto de apenas fazer diagnósticos, mas me esforço para encontrar soluções concretas.
Assim como defendo para todos o direito de ir e vir com seus automóveis, desde que tenham carteira de motorista e respeitem as leis do trânsito, também defendo a liberdade para que todos escrevam o que bem entenderem na web, mas que sejam responsáveis por suas palavras.
Não é justo que o responsável pelo blog esteja sujeito a processos na Justiça pelos crimes praticados por terceiros na área de comentários e seja obrigado a passar o dia inteiro cercando os cachorros loucos que invadiram a web.
Por isso, proponho que se crie alguma regra do jogo que todos sejam obrigados a respeitar, até para que a internet possa continuar sendo este fantástico instrumento de democratização de informações e opiniões, um espaço que deixou de ser monopólio de meia dúzia de empresas e colunistas do pensamento único.
Uma forma de se estabelecer um mínimo de civilidade na grande rede é criar uma espécie de Cadastro Nacional de Internautas.
Cada cidadão teria direito a uma senha para frequentar este espaço, uma vez registrado com seu nome verdadeiro, endereço, CPF e demais dados para que possa ser criminalmente responsabilizado, se não respeitar as leis vigentes no país.
Deixo aqui a minha sugestão, mesmo sabendo que o assunto é bastante delicado e, portanto, polêmico. Mas é importante abrir esta discussão, que deve ser travada no Congresso Nacional e em todas as instâncias da sociedade civil organizada.
Trata-se de uma questão vital para a democracia, diante desta grande revolução nas comunicações humanas deflagrada pela internet, com consequências ainda imprevisíveis.
Ricardo Kotscho -
O problema é outro. Se eu digo que Lula é um narcotraficante e para isso demonstro suas relações com a FARC, por exemplo, eu serei processado por injúria, calúnia e difamação e Lula nunca será investigado. Neste caso, o problema não é a internet. O problema é a democracia. Se eu denunciar um fato, só deveria ser processado caso não fosse comprovado. O que acontece hoje é que os autores são processados sem que se investigue o que está sendo publicado. Neste caso, o anonimato é o caminho mais seguro. Existem muitas informações pela internet que são verdadeiras e anônimas, por razões óbvias.
ResponderExcluirPaulo, concordo em parte com seu comentário, é certo que a democracia no Brasil está combalida.
ResponderExcluirTodo parceiro dos PTralhas são inocentes até que nunca se investigue e se prove sua culpa.
E nós os mortais que temos a dúvida a nosso favor, somos processados e punidos sem o direito de que se provem nossas denúncias.
Mas o anonimato está matando a internet, os denunciadores sérios estão nivelados junto aos covardes e mentirosos.
Precisamos passar o Brasil à limpo.
Fernando!
ResponderExcluirÉ preciso começar pelas práticas deste blog, que, sob uma análise desapaixonada não passa incólume.
Com todo respeito que você, como cidadão, merece, não poderia deixar de consignar que no meu entender você falha, as vezes, tão seriamente quanto alguns de seus leitores no que toca aos seguintes pontos relacionados com a postagem:
1)"A baixaria permitida por este anonimato muitas vezes é incentivada pelos próprios blogueiros, que atiçam seus fiéis seguidores a se tornarem cada vez mais intolerantes, sectários, preconceituosos e fanáticos, criando verdadeiras cruzadas em defesa do seu campo ideológico e de ataques a quem pensa diferente."
2)"Agridem com a maior leviandade a honra alheia, levantam falsas acusações, ofendem outros leitores (que pode ser lido como 'seus leitores')..."
3)"A internet não pode se transformar em uma máquina de moer reputações”."
Odeio os políticos de forma geral, mas não se pode agir sem a dignidade que eles agem. Não é saudável nos transformamos nos rotos que falam dos esfarrapados.
É possível construirmos denúncias com retidão de caráter ao invés de querermos entupir nosso judiciário, já tão lento e oneroso, por isso injusto em relação à pontos cruciais da vida do brasileiro, com questões geradas por insensatez e tolices do ambiente virtual.
Desejo vida longa e qualidade crescente ao seu blog.
Fernando
ResponderExcluirVoltando a sua resposta oa meu útlimo comentário, concordo com você em não colocar mediação. O meu também não tem.
E o que acontece é que os petralhas quebram a cara, pois todos os leitores ficam sabendo como os caras não tem a mínima argumentação.
Gosto de debater com quem tenha argumentos, mesmo que sejam contrários ao que penso, mas que venham com base em fatos e pesquisas.
Estes chavões do PT dos anos 50 e 60 já não colam mais.
Meu caro Brasil Grande.
ResponderExcluirConcordo com sua afirmação que este blogueiro comete falhas, mas existem momentos em que a boa educação fica para mais tarde.
Se sua referência é sobre algumas respostas que foram postadas por mim aos meus “desafetos”, minha opinião é sempre devolver na mesma moeda.
Não criei este blog para começar uma guerra e nem para fazer inimigos, mas, também não o criei para receber agressões de gente que se esconde por trás de um providencial anonimato para fazer a única coisa que sabe na vida, descer o nível, agredir e escrever asneiras.
Quanto aos comentários dos meus “fiéis” seguidores é a opinião de cada um, muitos apenas respondem ao que leram, outros se sentem ofendidos e alguns são absolutamente contundentes.
É certo que não pode se tornar lugar comum a agressão e a baixaria senão qualquer blog perde o sentido.
O fato de eu não moderar o Blog é o que criam as confusões e as baixarias, muitos vem aqui e deixam suas opiniões, uns mais apaixonados, outros mais racionais e esse é o espírito deste espaço.
Acontece que muitos se aproveitando da “liberdade” apenas vem até aqui para fazer baderna e mostrar suas próprias limitações, mas como eu sempre digo, “É o preço que pago por ser democrático”.
Se sua observação se refere a algumas postagens em que eu “pego pesado” no palavreado usando até palavrões, me desculpe mas esse é o sentido deste blog, se fazer entender até por quem não é muito brilhante, e um palavrão diz muito mais que centenas de parágrafos.
Portanto, este espaço comete falhas e pecados que estão apontados no texto, mas jamais este blog foi anônimo, este espaço tem nome e sobrenome, um rosto e uma identidade.
E o perigo maior está justamente em blogs de direita, de esquerda, de centro, budistas, ou macumbeiros que se escondem em imagens recolhidas pela internet como imagem do perfil e no próprio perfil você não consegue nem saber se o blogueiro está no Brasil.
Muita gente abre um blog para falar mal do governo, só que tem medo das conseqüências, tem medo das respostas e tem medo de aparecer, covardia esse é o nome que está jogando por terra toda a internet.
Se uma pessoa tem peito para descer o cacete em alguém, ela tem que ter “cojones” para fazer isso de peito aberto. Se não, vai acabar perdendo a credibilidade.
Agradeço aos votos de vida longa ao Mascate, mas a vida dele será de acordo com a minha vontade, tempo e paciência, afinal entrei, e posso sair da mesma forma, sem dever nada a ninguém.
Que anonimato é covardia, é indiscutível. Mas talvez muitos ainda hajam sob a influência da época da ditadura. De qualquer forma, é lamentável que alguém tenha medo de se expor ao fazer algum comentário.
ResponderExcluirQuanto à mediação de comentários, sou contra, embora cada um seja dono de seu espaço e crie suas regras como quiser. O que podemos fazer é chamar a atenção dos maos grosseiros, usando o método do constrangimento, que é infalível mesmo com os anônimos.
A amizade de Ricardo Kotscho com Luís Inácio, o maior mentiroso de todos os tempos, já me é suficiente para rejeitar qualquer sugestão sua, por melhor que seja.
Calma Jú, o fato do Ricardo COXO ser amigo do Batráquio não anula a intenção e o conteúdo do texto.
ResponderExcluirO anonimato faz vítimas tanto na esquerdalha quanto nos outros internautas, a falta de uma legislação mais séria e de uma forma mais adequada de acesso a internet promove a baderna, a covardia e a mentira.
Recebemos diariamente mensagens das mais diversdas em nossas caixas postais com os mais variados pedidos, denuncias, e imagens, se formos verificar a veracidade de todos eles veremos que uma boa parte é mentirosa, coisas inventadas para chamar a atenção, ou mesmo criar polêmica.
É certo que cada um modere seu espaço como bem entender, mas negar que a internet se tornou uma terra de ninguém, isso não podemos.